Universidade de São Paulo: Difference between revisions

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A Universidade de São Paulo é a maior instituição de ensino superior e de pesquisa do País. É a terceira da América Latina e está classificada entre as primeiras cem organizações similares dentre as cerca de seis mil existentes no mundo. A USP tem projeção marcante no ensino superior de todo o continente, forma grande parte dos mestres e doutores do corpo docente do ensino particular brasileiro e carrega um rico lastro de realizações, evoluindo nas áreas da educação, ciência, tecnologia e artes.
A Universidade de São Paulo é a maior instituição de ensino superior e de pesquisa do País. É a terceira da América Latina e está classificada entre as primeiras cem organizações similares dentre as cerca de seis mil existentes no mundo. A USP tem projeção marcante no ensino superior de todo o continente, forma grande parte dos mestres e doutores do corpo docente do ensino particular brasileiro e carrega um rico lastro de realizações, evoluindo nas áreas da educação, ciência, tecnologia e artes.
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====USP-Campus de Bauru====
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A USP hoje

USP - Campus de São Paulo

A Universidade de São Paulo é a maior instituição de ensino superior e de pesquisa do País. É a terceira da América Latina e está classificada entre as primeiras cem organizações similares dentre as cerca de seis mil existentes no mundo. A USP tem projeção marcante no ensino superior de todo o continente, forma grande parte dos mestres e doutores do corpo docente do ensino particular brasileiro e carrega um rico lastro de realizações, evoluindo nas áreas da educação, ciência, tecnologia e artes. Saopaulo.jpg

USP-Campus de Bauru

A USP foi criada com a finalidade de promover a pesquisa e o progresso da ciência; transmitir pelo ensino conhecimentos que enriqueçam ou desenvolvam o espírito e que sejam úteis à vida; e formar especialistas em todos os ramos da cultura e em todas as profissões de base científica ou artística. A tônica da instituição é "Vencerás pela ciência". Está em seus objetivos desenvolver um ensino vivo, acompanhando as transformações na área do conhecimento e mantendo-se em permanente diálogo com a sociedade, numa produtiva integração entre o ensino, a pesquisa e a extensão.

As unidades de ensino da USP estão distribuídas ao longo de seis campi universitários: um em São Paulo, capital, e cinco no interior do estado, nas cidades de Bauru, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto e São Carlos. A Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, na capital, concentra a infra-estrutura administrativa da universidade, além de 23 das 35 unidades de ensino. A cidade de São Paulo tem ainda quatro grandes unidades de ensino que ficam fora do campus universitário. Há também algumas bases científicas e museus em outras cidades, como Anhembi, Anhumas, Araraquara, Cananéia, Itatinga, Itirapina, Piraju, Salesópolis, São Sebastião, Ubatuba e Valinhos, e ainda em Marabá, estado do Pará.

USP - ESALQ: Campus de Piracicaba

A USP oferece cursos de bacharelado e de licenciatura em todas as áreas do conhecimento. Na pós-graduação, dez dos vinte e três programas nacionais receberam nota máxima atribuída pela Coordenação de Cooperação de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério de Educação.

Dados do anuário estatístico da USP de 1999 mostraram que nas unidades de ensino e de pesquisa foram oferecidos em conjunto cerca de 617 cursos, sendo 130 de graduação, freqüentados por cerca de 40.000 estudantes, e 487 de pós-graduação, dos quais 257 de mestrado e 230 de doutorado. A USP forma anualmente na graduação uma média de 4.600 estudantes. Em recursos humanos, a comunidade uspiana é constituída por 4.705 professores e 14.659 funcionários.

Para dar apoio e suporte às atividades de pesquisas, a USP agrega no campus de São Paulo a Escola de Aplicação, da Faculdade de Educação, que se dedica ao ensino fundamental e médio, e a Escola de Arte Dramática, um colégio técnico profissionalizante, da Escola de Comunicações e Artes.

USP-Campus de Pirassununga

As atividades de extensão como o Projeto Avizinhar, as Cooperativas Populares e o Projeto Universidade Aberta à Terceira Idade cumprem um importante papel na transformação do meio social das comunidades próximas ao campus universitário. Alguns números dão uma idéia da riqueza e da variedade das atividades desenvolvidas pela USP. Os museus e a Estação Ciência recebem juntos quase um milhão de visitantes. Os hospitais universitários da capital e do interior servem a uma comunidade de mais de um milhão de pessoas. Além destes serviços, o campus de São Paulo ainda possui um Centro de Práticas Esportivas (Cepeusp), parques para cooper e excelentes serviços de análises clínicas e genética e atendimento psicológico e odontológico. Possui também um Hospital Universitário, um Hospital Veterinário e parcerias com o Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina, e com o Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo.

USP-Campus de Ribeirão Preto

Com a finalidade de manter uma boa comunicação com o público interno e externo, a USP integra na Coordenadoria de Comunicação Social da USP (CCS) todas as mídias oficiais - a Rádio USP, a TV USP, a Agência USP, a Revista USP, o Jornal da USP, o Portal Web da USP e a Revista Espaço Aberto.

USP-Campus de São Carlos

Para dar suporte às atividades fins, a USP possui uma infra-estrutura administrativa suntuosa que conta com as prefeituras dos campi universitários, a reitoria, as pró-reitorias, o conselho universitário e os órgãos centrais e de serviços e mais outros serviços terceirizados - as agências e postos bancários, agências de correio, papelarias, lanchonetes, transportes coletivos, postos e outros - que ficam dentro do campus, para atender às necessidades da comunidade uspiana.


Um pouco de história


Armando de Salles Oliveira

A Universidade de São Paulo foi criada em 1934 num contexto marcado por importantes transformações sociais, políticas e culturais, pelo decreto estadual nº 6.283, de 25 de janeiro de 1934, por decisão do governador de São Paulo, Armando de Salles Oliveira. Teve como mentor intelectual Júlio Mesquita Filho, então diretor do Jornal O Estado de S. Paulo, que publicava ostensivamente artigos e estudos favoráveis à criação de uma universidade em São Paulo e sobre os problemas do ensino superior e universitário no Brasil.

O primeiro reitor a administrar a universidade foi Reynaldo Porchat, da Faculdade de Direito, e a primeira aula inaugural foi ministrada pelo professor francês Pierre Deffontaines, da cadeira de Geografia Física e Humana.

A USP começou com algumas escolas já existentes, sendo a mais antiga a Faculdade de Direito, que data de 1827, e com a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, instituição à qual caberia a missão de integrar o conhecimento literário, humanístico e científico da nova universidade, e que mais tarde se subdividiria em unidades autônomas. Vários professores estrangeiros, especialmente da França, Itália e Alemanha, foram convidados para dar aulas na nova instituição.


Maria Antônia

Em 1949, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras estava estabelecida no suntuoso prédio da Maria Antônia, na Vila Buarque, próxima aos prédios da Faculdade do Mackenzie, e vizinha da Faculdade de Arquitetura, da Faculdade de Economia, da Escola de Sociologia e Política, da Fundação Armando Álvares Penteado. A presença dos estudantes no residencial bairro de Vila Buarque trouxe muita animação e, em pouco tempo, a região passou a ser o principal centro nervoso das atividades estudantis em São Paulo, praticamente um campus universitário no coração da cidade.

Nos anos 50, a Maria Antonia já ocupava um papel destacado no panorama cultural brasileiro, mas foi em outubro de 1968 que o ápice de várias manifestações estudantis levou à transferência da Faculdade para o longínquo campus da Cidade Universitária e instalada em barracões improvisados.

No contexto das inquietações mundiais de 1968 - especialmente a revolta dos estudantes da França, as manifestações estudantis da Universidade da Califórnia, Berkeley, a Primavera de Praga, a revolta dos negros nos Estados Unidos - o Brasil também participou do clima convulso com sua própria especificidade. A Faculdade de Filosofia da Maria Antônia estava na intensa movimentação política e cultural desse período. O local era o ponto de encontro dos estudantes, onde todos se colocavam na vanguarda do pensamento crítico, numa posição frente às condições sociais, políticas e culturais da época. Era tempo de passeatas, assembléias, manifestos, reivindicações e tudo culminou com o trágico acontecimento de 2 e 3 de outubro de 1968, quando o edifício da Maria Antonia foi incendiado.

Os abusos do autoritarismo atingiram de forma punitiva a Universidade, alguns professores da USP e de outras instituições de ensino e pesquisa do País, frustrando as aspirações progressistas da imensa maioria de estudantes e docentes.

Mas a USP sobreviveu ao período e ao longo das décadas algumas unidades universitárias, instituições de pesquisa e museus foram aos poucos incorporados à universidade, multiplicando e diversificando assim os cursos oferecidos pela instituição.

A USP é hoje e sempre procurou ser uma instituição viva que cresce e se renova com a chegada das novas gerações de estudantes e de pesquisadores, porém já alcançou nessas quase sete décadas de existência a maturidade plena e equilibrada para traçar linhas sólidas para o futuro.