OLPC Brazil/30 de julho de 2006: Difference between revisions
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<b>IMPORTANTE: Procuramos não ser opinativos, nos restringindo a apenas apresentar fatos. Mas é claro que isso é impossível. Se quizer fazer algum comentário, clique na lingueta "discussion", edite e ponha seu comentário. </b> |
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==<i>BOA NOTÍCIA(?), MÁ NOTÍCIA</i>== |
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[[Image:Nigeria.png|left]] A boa primeiro: segundo o jornal nigeriano Vanguard, o governo da Nigéria fechou contrato com a OLPC Inc. para comprar 1 milhão de micros. Como vários outros países do mundo (não é o caso do Brasil), existem lá mais de 250 linguas faladas (Yoruba, Igbo, Hausa etc.) mas o árabe é a "segunda lingua" e o inglês a "terceira lingua" - que provávelmente vai ser a usada na implementação do projeto. |
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Apenas 30% das crianças da Nigéria frequentam escola. |
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Apesar de o jornal nigeriano ter dado essa notícia, Walter Blender, presidente para software e conteúdo da OLPC Inc., dismentiu: "Ninguém já se comprometeu a comprar nenhum laptop e a OLPC não pediu ainda a pessoa alguma para assinar nenhum acordo de compra." |
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A má notícia: segundo o jornal India Times, o ministro do Desenvolvimento (HDR) da India declarou-se contra o projeto OLPC. |
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"A Índia não vai se deixar ser usada para experiências com crianças". disse ele. |
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Ele acha intrigante "porque os países desenvolvidos não estão incluídos no projeto? As crianças são um grupo muito vulnerável e sua exposição intensiva a computadores é preocupante. No próprio Estados Unidos existem os que acham e os que não acham que computadores são bons para crianças". |
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Por outro lado, no MIT, houve uma reunião com Ram Mehra da Ekal Vidyalaya Foundation (ekalvidya.org), e Vikas Taneja, diretor da Pratham (pratham.org). A reunião foi moderada por Raman |
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Sivasubramanyam da Merrill Lynch. Ambos, Ekal e Pratham são entidades entusiastas em novos métodos educacionais a serem implantados na India. A Ekal coordena o “A People's Movement”, um movimento de professores e estudantes voluntários que se dedicam à educação infantil na India. |
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==<i>ENQUANTO ISSO, POR AQUI...</i>== |
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No dia 18 de julho representantes do Ministério da Educação, da Casa Civil, da Presidência da República e de outras áreas do governo, como o Serpro, se reuniram no Ministério da Ciência e Tecnologia,com a presença do ministro da pasta, Sergio Machado Rezende para discutir o projeto OLPC. |
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Foram apresentados estudos técnicos de três instituições de pesquisa: O Centro de Pesquisas Renato Archer, a Fundação Certi e o Laboratório de Sistemas Integráveis da USP. |
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A primeira coisa que os pesquisadores da USP constataram é que a máquina apresenta uma boa performance na hora de rodar uma versão “light” do sistema operacional Linux e aplicativos educacionais, como editores de texto, softwares de criação colaborativa e programas que permitem navegar na web. |
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“Concluímos que o hardware do laptop de US$ 100 já é uma realidade”, diz <b>Roseli de Deus Lopes, professora-assistente do LSI</b> e uma das encarregadas da análise. |
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“Uma das características mais importantes para o projeto é o consumo de energia do processador. De fato, o chip Geode, da AMD, exige pouca energia para funcionar e não gera muito calor, o que mantém estável o seu rendimento”, concluiu Hilton Garcia Fernandes, gerente de Projetos em Tecnologias Sem Fio do LSI. |
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Outra surpresa do laptop foi seu desempenho gráfico, que ficou bem acima do esperado nos testes feitos na USP. |
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O coordenador do projeto brasileiro UCA (Um Computador por Aluno) e assessor especial da Presidência da República, Cezar Alvarez, disse esperar que essa reunião seja um rito de passagem para uma nova fase, uma etapa de aprofundamento e aceleração do uso de computadores na educação brasileira. |
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O próximo passo será a criação de um projeto piloto que terá como propósito testar como as aulas poderão ser incrementadas com o uso do sistema. |
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"O projeto pretende medir como muda a dinâmica na sala de aula com notebooks educacionais. Queremos entender como ampliar as possibilidades do professor e como será o comportamento dos alunos", afirma Roseli. |
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Serão dois colégios no Brasil escolhidos para receberam as máquinas para teste, sendo que um possivelmente será na cidade de São Paulo. |
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É claro que para esse projeto piloto se concretizar será necessário sistema (hardware e software) equivalente ao do micro OLPC e a criação de rede WIFI nas duas escolas e suporte a tecnologia Mesh de comunicação direta entre máquinas próximas. O que não é coisa simples uma vez que mesmo o software básico (Sugar) ainda está em fase de definições de telas (veja matéria a seguir). Uma previsão ultra otimista para início do projeto - escolha das escolas e outras tarefas que independem de disponibilidade do sistema - seria setembro. Mas, sendo mais realista, parece que nada acontece antes do início de 2007. Mesmo porque, caso tenhamos um Presidente da República que não seja o atual, certamente teremos muitas mudanças no Ministério de Educação. |
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==<i>INTERFACE DAS "ATIVIDADES"</i>== |
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Ficou pronto o design da tela que aparecerá na divisória "Atividades" do micro OLPC, parte integrante do siatema operacional Sugar. Se você nem faz idéia do que seja isso leia o link:[[Com açucar e com afeto]] |
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[[Image:Ativ.png|frame|left]] |
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Na figura temos um esboço de como poderia ser essa tela para os micros brasileiros. |
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Relembrando: todas as atividades compartilhadas aparecem na "divisória" Atividades (circulos menores) e podem ser "selecionadas" para acesso (passando a ser representadas por círculos maiores, no centro). Uma dessas atividades ocupará a tela cheia, mas o aluno pode sair dela, voltando para a divisória, e pular para outra das "selecionadas", rápidamente. Para selecionar mais uma, demora mais tempo. Uma atividade "aberta" do proprietário do micro aparece na parte inferior ("Desenho", na figura). |
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É possível vários alunos "executarem" uma atividade em conjunto e não apenas "ver" o outro a fazendo. |
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Esse recurso de compartilhamento é muito importante pois pode ser usado pelo professor numa aula, apresentando slides, por exemplo. A atividade é feita na sua máquina e os alunos acompanham nas deles. |
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==<i>ALUNO DA UFSC RECEBE PLACA-MÃE</i>== |
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Algumas pessoas já estão recembendo,gratuitamente, no Brasil, uma das 500 placas-mãe do OLPC disponíveis para testes. |
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Se você está interessado em se candidatar leia o link: [[Developers' program]]. |
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O estudante de sistemas da informação da UFSC, Helber Maciel Guerra recebeu uma e procurou o GeNESS, laboratório do Departamento de Informática e Estatística da universidade para solicitar ajuda. |
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Em declaração ao boletim da Associação Brasileira de Educação à Distância (ADEB) o professor José Eduardo De Lucca, coordenador-geral do GeNESS disse que, além do ponto de vista tecnológico, o projeto é desafiador principalmente pelo aspecto social. “A possibilidade de ver as crianças carentes de países como o Brasil, ou da África e Ásia, com acesso à informação e os recursos da informática equivalentes ao das crianças de países mais ricos é um desafio mobilizador.A reação cultural regional é ainda uma incógnita. Mas se não estivermos acompanhando de perto, de que outra forma poderíamos debater isso?”, questiona. |
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Para o projeto, o grupo terá à disposição o Laboratório de Software Livre do Centro GeNESS, localizado no Centro Tecnológico da UFSC. “O GeNESS apóia na UFSC diversas iniciativas ligadas a disseminação e consolidação no uso e desenvolvimento de software livre. No laboratório, estudantes e professores poderão debater, estudar e aprender sobre o assunto, bem como desenvolver projetos livres”, explica De Lucca. Na UFSC, o projeto deverá contar também com o apoio do Programa de Educação Tutorial (PET) da Computação. |
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==<i>NOSSO HOMEM NO OLPC</i>== |
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[[Image:Tosatti.jpg|left]] Agora está confirmado:a Red Hat contratou o brasileiro Marcelo Tosatti para integrar o time responsável pelo desenvolvimento do Sugar. Marcelo já era um voluntário mantenedor do kernel do Linux. |
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O boletim eletrônico IDG Now entrevistou-o: |
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"Vou trabalhar aqui em Porto Alegre com o desenvolvimento do kernel para o laptop e também com a infra-estrutura da suíte de softwares, mexendo com compiladores e a biblioteca de softwares básicas" disse ele. |
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Antes de ir para Red Hat, Tosatti trabalhava na empresa curitibana Cyclades desde setembro de 2003. Anteriormente, tinha trabalhado durante seis anos na companhia curitibana Conectiva. |
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==<i>PARA O DISTINTO PÚBLICO</i>== |
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[[Image:Classmate.png|right]] |
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Os micros OLPC devem custar em torno de US$150 (apesar do apelido: "micro de 100 dólares") e serão vendidos pela OLPC Inc. para governos os distibuirem, de graça, em escolas públicas. Mas existe muita gente interessada em "comprar" um micro OLPC. Assim, a Intel está apresentando seu projeto: "Classmate", um micro que muito se assemelha ao do OLPC. |
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A Intel não produz computadores. No caso que ela oferece o projeto completo (blueprints) para quem se interessar na produção e comercialização. |
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O Classmate poderia ter um preço em torno de US$ 300 e poderia vir com Windows ou com o Linux. |
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O micro OLPC usa um chip da concorrente da Intel: a AMD. O Classmate viria com um chip Intel mobile Celeron. |
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Escolas particulares poderiam montar projetos educacionais semelhantes ao do OLPC com esse micro, que seria comprado pelos alunos. |
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(Fotos publicadas pela CNET Networks) |
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==<i>O OLPC DE "LOS HERMANOS"</i>== |
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A entidade <b>educ.ar</b> ligada ao governo argentino promoveu um encontro sobre o OLPC em Buenos Aires ao qual compareceram Walter Bender e David Cavallo. Maiores detalhes sobre a reunião e o projeto OLPC na Argentina podem ser vistos no [http://weblog.educ.ar/olpc/ link do educ.ar/olpc] |
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<i>Se você quer voltar para a página principal do OLPC Brasil vá pelo link:</i> [[OLPC Brazil]] |
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*[[Notícias do OLPC Brasil]] é uma publicação periódica com as últimas notícias do projeto. |
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[[Category:OLPC Brazil]] |