OLPC Brazil
História
2005
A idéia do OLPC foi apresentada ao governo brasileiro por ocasião do Forum Econômico Mundial em Davos, Suiça, em janeiro de 2005. Em junho, Nicholas Negroponte, Seymour Papert e Mary Lou Jepsen vieram ao Brasil, especialmente para conversar com o presidente e expor a idéia com detalhes. O presidente não só aceitou a idéia, como instituiu um grupo interministerial para avaliá-la e apresentar um relatório.
Em 6 de junho, Walter Bender e David Cavallo apresentam, no FISL6.0, em Porto Alegre, a palestra intitulada "Media Lab and Free Software". Essencialmente expondo o Media Lab como berço do software livre, evidenciam o conceito do projeto (do laptop de US$100), onde o software livre é mandatório.
Desde julho, o grupo instituído - denominado Comitê Gestor - passou a estudar o projeto, ouvindo e discutindo com o MIT, com a Academia, com a Indústria e o com próprio Governo. Essas discussões consolidam as formas de lidar com o projeto nas várias frentes que se formam, de torná-lo politicamente factível e, principalmente, maximizar o seu conteúdo nacional.
Em novembro, um protótipo foi apresentado por Negroponte, em conjunto com Kofi Annan, em Tunis. Nesta ocasião, o secretário-geral da ONU publicamente endossa o projeto, e Negroponte declara quais os países interessados e comprometidos com o projeto: Argentina, Brasil, China, Egito, India, Nigéria e Tailândia.
2006
Em março, Negroponte visita novamente o Brasil, trazendo um protótipo (com um segundo design) e leva consigo a afirmação de que o governo brasileiro continua comprometido com o projeto.
Em abril, Jim Gettys apresenta no FISL7.0, em Porto Alegre, a palestra "The One Laptop per Child Project". Durante a apresentação, Jim Gettys anunciou que o sistema operacional (Linux) havia sido inicializado - com sucesso - nos protótipos da primeira geração, em testes nos laboratórios do fabricante Quanta Computers, em Taipé. Durante todo o evento, a organização OLPC manteve um stand para contatos e demonstrações.
Em maio, representantes do Brasil (assim como as forças-tarefas dos demais países lançadores) participaram de uma reunião de dois dias nos escritórios da organização OLPC, em Cambridge. Nesta ocasião, foi apresentado o primeiro protótipo funcional. No primeiro dia, Seymour Papert apresentou seu tema "learning learning"; e no segundo, o tópico principal foi a distribuição do laptop.
Em julho, aconteceu no Ministério de Ciência e Tecnologia uma reunião para dicutir e avaliar o programa que pretende ampliar o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação na educação brasileira. Um dos principais pontos discutidos nessa reunião foi o projeto UCA (Um Computador por Aluno) e a sua possível adptação à realidade brasileira. No encontro foram apresentados estudos técnicos sobre o projeto, produzidos por três instituições de pesquisa: Centro de Pesquisas Renato Archer, Fundação CERTI, e o Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da USP. Os estudos abordaram temas como preço de hardware, software educacional e riscos ergométricos.
Visão Geral
o lado social
Uma poderosa ferramenta de aprendizagem criada especialmente para as crianças mais pobres que vivem nos lugares mais remotos. O laptop 2B1 foi desenhado por especialistas da academia e da indústria, conjugando o talento extraordinário e a experiência coletiva de campo em todos os aspectos deste projeto humanitário e sem fins lucrativos. O resultado é uma harmonia singular de forma e função; uma máquina flexível, de custo ultra-baixo, energeticamente eficiente, responsiva e durável, com o qual muitas nações do mundo emergente podem saltar décadas
de desenvolvimento — transformando imediatamente o conteúdo e a qualidade do aprendizado de suas crianças.
O OLPC está baseado em três premissas:
- Aprendizagem e educação de qualidade para todos são essenciais para alcançarmos uma sociedade justa, eqüitativa e econômica e socialmente viável;
- Acesso a laptops móveis em escala suficiente oferecerá reais benefícios para o aprendizado e proporcionará extraordinárias melhorias em escala nacional;
- Enquanto os computadores continuarem sendo desnecessariamente caros, esses benefícios continuarão sendo um privilégio para poucas pessoas.
o lado técnico
O 2B1 não é uma versão de baixo custo de um laptop moderno; o hardware, o software e o display de um computador pessoa foram fundamentalmente reconsiderados. Diferente de qualquer outro laptop construído, o 2B1...
- Cria a sua própria rede mesh assim que desembalado. Cada máquina é um roteador completo e em tempo integral. As crianças, assim como sua família e professores nas mais remotas regiões do globo, estarão conectadas, tanto umas com as outras quanto com a Internet.
- Possui uma tela de 7,5pol., 1200×900px, TFT, e um display com uma resolução (200 dpi) superior a 95% dos laptops hoje no mercado. Dois modos são disponíveis: um, modo transmissível, a cores; e outro, modo refletivo de alta resolução, que é legível à luz do sol. Ambos consomem muito pouca energia: no modo transmissível, o 2B1 consome 1W, cerca de 1/7 do consumo médio de um laptop com tela LCD; e no modo refletivo, consome míseros 0,2W.
- Pode seletivamente suspender a operação da sua CPU, o que torna possível uma economia ainda maior de energia. O laptop 2B1 consome nominalmente menos que 2W - menos de 1/10 do consumo nominal de um laptop convencional; isto é tão pouco, que o ele pode ter sua bateria recarregada usando a força humana. Esse avanço é crítico para meio bilhão de crianças que não tem acesso à eletricidade.
Saiba mais sobre as caracteísticas técnicas do 2B1 em especificação de hardware
Ações de Governo
Ações da Academia
Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI)
O LSI - Laboratório de Sistemas Intergráveis da Escola Politécnica de Universidade de São Paulo é uma das instituições brasileiras envolvidas com o projeto OLPC desde seu início. Suas contribuições na análise de viabilidade do projeto e sua aplicação no Brasil compreendem desde os testes nos protótipos das placas de sistema fornecidas em junho de 2006, funcionalidade e usabilidade, até o desenvolvimento de software educacional específico.
Dentre o software desenvolvido, destacam-se:
- Editor Musical, um software que permite aprendizagem e composição de música de maneira fácil (saiba mais...)
- FACIL, um editor de páginas Web concebido para ser usado por crianças (saiba mais...)
- Oficina de Desenho, um espaço colaborativo para criação (saiba mais...)