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Fabricação
O XOs será montado em meu país?
Futuramente, é possível montar o laptop no próprio país, mas de forma a obter o menor custo no primeiro ano de produção, a montagem final precisa acontecer próxima ao local onde são fabricadas as cerca de 800 peças do laptop. O custo real da montagem final, de logística, de embalagem e de transporte é entre quatro e oito dólares por laptop. Por outro lado, o custo da coordenação logística de todas as peças e seu transporte até o país de montagem final representaria um valor entre 13 e 26 dólares, mais impostos e investimentos em equipamentos de capital, conforme explicado abaixo. A OLPC e seus parceiros de fabricação terão grande satisfação em considerar esta alternativa em anos futuros, criando agora um plano de vários estágios para fabricação no próprio país.
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Nosso compromisso com software e conteúdo livres permite um crescimento rápido e viral desses setores no país, que ultrapassarão em muito a indústria de fabricação.
Custos
Por que o laptop de 100 dólares não custa 100 dólares?
O nome continua sendo laptop de 100 dólares porque o preço será 100 dólares ou menos no prazo de três anos de seu lançamento. Diferentemente de empresas comerciais que lançam produtos a preços baixos para depois acrescentar funcionalidades, a finalidade da OLPC é manter as funcionalidades e reduzir os custos, tornando-se assim acessível a todas as crianças do mundo.
O preço cairá por dois motivos: Em primeiro lugar, o preço dos componentes eletrônicos cai naturalmente 25% ao ano; em segundo lugar maior integração, avanços na fabricação e novas tecnologias tornarão a fabricação do produto cada vez mais barata. Sempre que a OLPC puder cortar seus custos, essas reduções serão repassadas aos compradores. Por este motivo, o custo do laptop XO flutua e seu preço é reajustado a cada três meses.
Possivelmente, em raras ocasiões, o preço suba ligeiramente. Isto pode ser causado por altas inesperadas nas matérias primas (por exemplo, quando o níquel dobrou de preço em 2006) ou se há falta no abastecimento de componentes como memórias.
Quanto custa o laptop de 100 dólares?
O preço total é resultado da soma do preço dos componentes mais um pequeno custo de montagem. A OLPC não tem lucro. Ninguém associado à OLPC recebe qualquer comissão, bônus, etc., com relação a quaisquer vendas ou marketing.
Todos os fornecedores têm um pequeno lucro, cerca de 3 a 4%. A OLPC não pediu que ninguém fabricasse componentes ou os montasse tendo prejuízos, ou com finalidades filantrópicas.
Quando custará, de fato, 100 dólares?
Acreditamos que o objetivo de 100 dólares será alcançado em 2009. Nos comprometemos a continuamente reduzir custos, podendo o preço até baixar para menos de 100 dólares; o preço do laptop será sempre um reflexo direto dos custos de fabricação.
Qual é o custo total de tudo o que será necessário para fazer esse programa funcionar?
O custo total do equipamento é a soma do preço dos laptops, servidores de escola e infra-estrutura elétrica e de telecomunicações.
Os países podem também oferecer baterias de reserva – recomendamos uma por criança (cerca de nove dólares cada). Estimamos que custará cerca de 200 dólares por laptop para lançar um milhão no primeiro ano. Parte do custo corresponde à fase inicial em si. Se o programa for lançado em regiões remotas com baixa densidade demográfica, o custo por laptop será maior; em centros urbanos, será menor.
Implementação, treinamento de professores e manutenção da infra-estrutura devem ser arcados por cada país. Temos exemplos de configuração e implementação rural e urbana dos equipamentos, treinamento de professores e abordagens de manutenção, e estamos trabalhando em cooperação com cada país para determinar a abordagem a ser utilizada.
Por que é necessário um pagamento antecipado de 20 milhões de dólares?
Para reduzir os custos o máximo possível, foi eliminado o máximo de risco da cadeia de produção, e nada foi financiado. Neste sentido, o pagamento antecipado é o que dá início ao projeto. Posteriormente, cada remessa é paga em sua entrega, até a última remessa, que acaba ficando de graça. Este depósito elimina a necessidade de fornecedores incluírem custos no produto para cobrir contingências de pagamento.
O que acontecerá se, após assinarmos o contrato, for lançado no mercado um laptop similar, a um custo menor?
Como a OLPC não tem custo de marketing, distribuição ou lucros, é improvável que outro fabricante possa oferecer um laptop a um custo menor, sem recorrer a dumping ou práticas predatórias. Na improvável hipótese de um laptop melhor ser comercializado por um preço equivalente ou inferior, a OLPC oferecerá uma cláusula de cancelamento de 90 dias.
Cronograma
Por que ser um país de lançamento?
A razão mais freqüentemente citada é liderança regional e orgulho nacional. Países de lançamento têm o desejo expresso de sair à frente. Para mitigar o risco inerente de ser o primeiro, é estabelecido um relacionamento de trabalho muito íntimo com a OLPC – uma parceria de trabalho, invés de uma relação de fornecedor/cliente. Comparamos isto à diferença entre projetar uma casa e comprar um carro.
Sempre que possível, serão concedidos modestos subsídios, incluindo, entre outros, programas pilotos sem custo. Além disso, a obtenção de recursos, em especial junto a pessoas com grandes fortunas, é mais fácil no lançamento.
Além disso, quando antes o programa for iniciado, mais rápidos serão os benefícios.
O que acontecerá se a entrega for atrasada?
A OLPC não é uma empresa estatal. Todos os seus fornecedores estão sujeitos a multas em caso de atrasos nas entregas, e os componentes quase sempre vêm de mais de um fornecedor. Como uma entidade sem fins lucrativos, a OLPC é muito mais transparente e tem liberdade para revelar o andamento de todas as entregas.
Quantas máquinas podemos esperar no futuro?
O número que for pedido. Com previsão de produção de 12 meses, e tempo de entrega de quatro meses, o parceiro de fabricação da OLPC, a Quanta, terá condições de fabricar um milhão de laptops por mês até o final deste ano. Até o final de 2008, a capacidade pode atingir 10 milhões de unidades mensais. Chama atenção o fato de a produção mundial total de laptops convencionais ser de cerca de 5 milhões de unidades/mês.
Qual a expectativa de entrega de laptops em meu país?
Entrega imediata, para quantidades menores para finalidades de testes. Produção em grandes volumes começará no quarto trimestre de 2007. Para que isto aconteça, são necessários contratos assinados para pelo menos três milhões de unidades. Pelo menos um país já manifestou seu interesse de não ficar à mercê das decisões de outros países, e por este motivo um único pedido poderá dar início à OLPC, caso seja em número suficiente, entre três e cinco milhões de unidades.
Quando poderá ser visto o software final do laptop?
Estamos divulgando comunicados quase diários do software dos laptops com base nos comentários feitos pela comunidade de desenvolvedores e testes nos próprios países. Atualmente, estamos liberando versões periódicas estáveis. Posteriormente, vamos concluir o desenvolvimento de software; isto provavelmente acontecerá cerca de um mês antes da liberação dos laptops para montagem. Até então, continuaremos o processo de comentários e melhorias contínuas. Após o lançamento da versão final, periodicamente serão distribuídas melhorias – sempre com total transparência para as crianças. Utilizaremos o mesmo modelo de desenvolvimento de aplicativos; neste caso, os novos aplicativos serão disponibilizados aos usuários à medida que forem criados pela OLPC e pela comunidade. Deste ponto de vista, não existe um “software final”.
Qual é o cronograma do software e o que será incluído?
Nosso ciclo de desenvolvimento de software é determinado por um prazo. Temos um prazo para entregar um sistema central robusto e estável bem antes do início do processo de fabricação, que acontecerá no segundo semestre deste ano. O sistema central inclui a funcionalidade básica do sistema operacional, um modelo de segurança, atualizações, backups, etc. O sistema central também mostrará as características da Sugar, a interface dos usuários do laptop, colaboração em redes mesh, e a funcionalidade do diário do aluno. Funcionalidades básicas, tais como navegação na internet, criação de documentos e visualização de mídia via internet já estão subentendidas. Também incluiremos várias ferramentas de aprendizagem e atividades.
Estamos aceitando colaboração em todo o ciclo de desenvolvimento, para assegurar que o ambiente de software inclui características demandadas pelos países de lançamento.
Software e conteúdo
Quais formatos deverão ser usados para o conteúdo? Quais formatos os laptops poderão rodar/mostrar?
Sempre que possível, recomendamos o uso de formatos abertos, para os quais existam aplicativos livres. Isto evitará que o laptop fique preso a plataformas ou empresas específicas e assegurará que seu conteúdo possa ser visto no máximo de sistemas possível, utilizando ferramentas livremente disponíveis. Exemplos de formatos abertos incluem HTML/WML/CSS para conteúdo de internet, ODF para documentos, SVG para gráficos de vetor, Ogg Vorbis para áudio, e Ogg Theora para vídeo.
Sistemas de marcação (markup) quase sempre são preferíveis a sistemas de descrição de páginas tais como PDF, de forma que o conteúdo possa ser otimizado para ser visualizado em todas as resoluções. Acessibilidade para usuários com necessidades especiais acrescenta outros aspectos: Alguns formatos amplamente utilizados, como Flash, são difíceis de serem interpretados por pessoas com deficiência visual.
O laptop pode ler praticamente todos os formatos mais comuns, incluindo HTML, DOC, PDF, Flash, MP3, Real Vídeo, H.263, MPEG4 (dentro das capacidades de processamento do laptop), etc. Contudo, é possível que alguns formatos proprietários possam exigir, em alguns países, a negociação de licenças de patentes e o pagamento de taxas (já foi demonstrado que rodam no laptop, mas serão oferecidos por fornecedores especiais). A OLPC estabelecerá relacionamentos com esses fornecedores, a maioria dos quais está disposta a ceder seus materiais sob uma licença gratuita.
A grande extensão da distribuição da OLPC lhe dá um grande poder de alavancagem com os fornecedores de software; utilizamos essa alavancagem a favor das crianças para oferecer as melhores condições possíveis em qualquer parte do mundo. A OLPC tem o compromisso de usar sua massa crítica para transformar o máximo de software e conteúdo em domínio público.
Quais softwares e conteúdos estarão disponíveis no OLPC quando as máquinas forem entregues?
O laptop já terá instalado ferramentas de software gratuitas (legais) para a exploração do conhecimento: Um navegador de internet; um leitor de livros eletrônicos; um tocador multimídia; jogos; etc. Também virá com ferramentas para expressão, gratuitas e pré-instaladas: Um processador de texto; ferramentas gráficas; ambientes de programação de software; aplicativos para composição musical, e captura e edição de vídeo. Além disso, cada laptop contará com ferramentas de comunicação básicas: E-mail, chat e voz sobre IP (VOIP). Além disso, um diário embutido permitirá que as crianças tenham um histórico de seu aprendizado, o qual ajudará o professor, as crianças e os pais a avaliar o progresso escolar dos alunos.
Esta não é uma lista completa do software que pode rodar no laptop. Praticamente qualquer programa Linux pode rodar com pouca ou nenhuma modificação. É um laptop para finalidades gerais, não uma máquina limitada, para finalidades específicas. Contudo, recomendamos que, sempre que possível, o software seja voltado à interface do usuário e às necessidades do aprendizado das crianças. Envolver as comunidades de software livre locais e internacionais neste esforço é uma grande oportunidade de desenvolvimento.
Os servidores das escolas – além dos laptops em si – devem oferecer armazenamento para os materiais de referência mais comuns, além do conteúdo gerado pela própria comunidade. Estamos trabalhando com a comunidade para preparar alguns materiais para alfabetização básica, habilidades de língua inglesa, matemática, ciências e artes. Contudo, a OLPC não oferecerá quaisquer currículos ou materiais de instrução; isto ficará a cargo das autoridades de educação federais e regionais. Contudo, o que a OLPC fará é ajudar a estabelecer laços entre os ministérios da educação e educadores em todo o mundo. Normalmente, de todos os ministérios que compõem um governo, o da educação é o menos globalizado.
Ofereceremos, também, ferramentas e orientação para a preparação e entrega de materiais específicos para os países, incluindo vídeos, livros eletrônicos, PDFs e materiais baseados na internet. De forma geral, a migração de materiais existentes (legacy or legados) deve exigir um esforço mínimo e os novos materiais gerados para os laptops poderão ser transmitidos para sistemas legados.
Nosso foco em colaboração como um elemento fundamental de aprendizagem é o motivador por traz de nosso compromisso em criar formatos editáveis de documentos (por exemplo, wiki books), marcas de revisão e cuidadosa atribuição a autores e fontes. Redes de XOs e as ferramentas de publicação que acompanham os laptops permitirão o desenvolvimento e o livre compartilhamento de materiais de aprendizagem personalizados para cada local e cultura. Gostaríamos de ver cada país integrar um intercâmbio livre com outros países de lançamento da OLPC, para a troca de melhores práticas.
Educação
Por que o conceito de “um laptop por criança” é a abordagem mais promissora para concretizar as necessárias mudanças na busca de igualdade educacional e social?
O computador é a mais poderosa ferramenta de aprendizagem já inventada. O crescimento do conhecimento ao redor do mundo trazido pelo computador é sem precedentes. O uso de computadores para expressão, construção, reflexão de modelagem e discussão permite essas grandes melhorias.
Seymour Papert, acadêmico da OLPC e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), mudou a forma como o mundo enxerga a capacidade das crianças e como os computadores revolucionam seu aprendizado. Papert e seus colegas mudaram o papel dos computadores na educação, transformando essas máquinas de dispositivos de apresentação em ferramentas criativas que desenvolvem o pensamento crítico. Foi provado que conceitos considerados além do entendimento das crianças eram atingíveis. O aprendizado foi melhorado através de um acesso imersivo aos computadores, não apenas em matemática e ciências, mas em cada disciplina, incluindo alfabetização, leitura, escrita, música e artes.
Pedagogos inovadores ao redor do mundo adaptaram e desenvolveram ainda mais abordagens criativas para o aprendizado com computadores, demonstrando que esses resultados extraordinários de aprendizado não estão limitados a uma elite. Muito pelo contrário, inúmeros exemplos ilustram como crianças pouco privilegiadas e crianças que não tiveram sucesso nos ambientes escolares tradicionais conseguiram atingir seu pleno potencial com tais abordagens. O que falta a essas crianças não é capacidade, mas sim oportunidade.
Sabemos que certamente poderemos obter melhorias oferecendo inclusão e conectividade às crianças. Podemos alcançar grandes melhorias ao repensar atividades, conteúdo e colaboração. Podemos obter melhorias básicas oferecendo a todas as crianças acesso ao conteúdo tradicional. Podemos obter imensas melhorias através da reestruturação dos processos educacionais e das disciplinas.
Existem literalmente milhares de exemplos do uso de computadores nessas grandes melhorias do aprendizado. O que tem limitado a mudança no sistema geral tem sido o elevado custo dos computadores, que por sua vez limitou o acesso; isto resultou na criação do laboratório de informática. O problema não tem sido o computador. O verdadeiro problema é não ter computadores suficientes ou imaginação administrativa.
Por este motivo, os elementos chave da proposta OLPC são os seguintes:
- Saturação (acesso individual a todas as crianças e professores);
- Conectividade universal;
- Mobilidade;
- Escala imediata;
- Livre e gratuito.
Saturação
Adultos que têm seus próprios laptops não gostariam de passar a viver em um mundo sem computadores ou ter de partilhá-los com outras pessoas. Isto porque os computadores tem utilidade quase infinita. O motivo de os computadores ainda não terem totalmente transformado o aprendizado não é o fato de eles não serem valiosos neste campo, mas sim a falta de massa crítica. No máximo, existe um laboratório de informática por escola, com 10 computadores para 40 crianças, que têm uma aula de 50 minutos por semana. Isto dá a cada criança 12,5 minutos de acesso semanal. As crianças adoram a experiência, mas é insuficiente para transformar a aprendizagem.
O laboratório de informática acaba sendo um local para atividades periféricas: o ensino de habilidades da tecnologia da informação e navegação na internet. Tem seu valor, mas não é suficiente para mudar a forma como as crianças aprendem matemática, ciência, história ou qualquer outra matéria. Quando todas as crianças têm laptops em tempo integral, o aprendizado pode ser ativo, personalizado, colaborativo e criativo, tirando, assim, proveito da grande versatilidade do computador.
Conectividade universal
A aprendizagem das crianças não é limitada à sala de aula. Crianças que têm acesso aos seus laptops 24 horas por dia aprendem com seus colegas, e elas e seus colegas aprendem com outros alunos de sua comunidade, de seu país, ou de seu planeta. A conectividade através das redes mesh traz a aprendizagem ao ambiente familiar. Em nosso projeto de laptops na Costa Rica, além de famílias se mudarem para comunidades rurais especificamente para que seus filhos pudessem tirar proveito do programa, a grande maioria dos pais passou a integrar programas de educação para adultos. As crianças ensinaram seus pais e avós a usar o computador, e esses interagiram com as crianças em seus interesses mútuos. As famílias e as comunidades se uniram, beneficiando uma emergente cultura de aprendizagem.
Mobilidade
Invés de forçosamente serem criadas situações abstratas e fora de contexto, o mundo todo passou a ser uma sala de aula e um laboratório de aprendizado.
Escala
Esforços anteriores buscando mudança foram eficazes, mas em uma escala muito pequena. Universidades, empresas e ONGs não criaram conteúdo, atividades, aplicativos e serviços porque não existia massa crítica. Ferramentas criativas eram restritas a poucas pessoas. Com acesso a laptops em grande escala, acompanhado de conectividade, todos os incluídos podem criar conteúdo, compartilhar o material e colaborar, e realmente aprender a aprender. Também é uma escala que a cultura de aprendizagem pode mudar. Programas piloto em pequena escala eram suprimidos pelo sistema imunológico do sistema existente.
Livre e gratuito
Acesso livre e gratuito ao software e ao conteúdo também representa um elemento chave para obter escala e alta qualidade. Sem esses elementos, a capacidade de compartilhar e colaborar é muito reduzida. Além disso, computadores dão às crianças a oportunidade de transformar e utilizar conhecimento. A internet cresceu de forma exponencial à medida em que as pessoas de todos os lugares puderam criar seus próprios aplicativos e conteúdo baseados na internet. Tinham liberdade de ver aquilo que outros haviam criado, e podiam tomar, modificar e usar tudo aquilo para si. O conteúdo de aprendizagem também crescerá exponencialmente quando for assim apropriado. Esta liberdade também não pode ser restringida.
Onde podem ser encontradas mais informações sobre experiências anteriores e casos de testes que podem comprovar a validade desta pedagogia?
Todos os elementos de sucesso – aprendizagem extraordinária para todos, grande processo na educação de países em desenvolvimento, acesso individual a computadores, iniciativas baseadas na comunidade – já foram demonstrados. O programa de um laptop por criança une tudo isto.
A mega-melhoria no aprendizado através de computadores tem uma história longa e bem documentada; começou com um livro de Papert, entitulado Mindstorms, e foi demonstrado ao longo de 40 anos de livros, artigos, relatórios e outras obras de educadores e pedagogos ao redor do mundo. Talvez o melhor exemplo de uso individual de computadores possa ser encontrado na Austrália; este caso é descrito no livro Transforming Learning: An Anthology of Miracles in TechnologyRich Classrooms, editado por Jenny Little e Bruce Dixon (vide também http://www.techlearning.com/db_area/archives/TL/012001/australia.php).
O Professor Michael Russel, do Boston College, também documentou a superioridade de acesso individual a computadores, com alunos levando o equipamento para casa, quando comparado a salas de aula convencionais e acesso individual a computadores com o equipamento permanecendo na escola. Outras experiências anteriores incluem as seguintes:
- Em 1989, o Methodist Ladies College, em Melbourne, na Austrália, passou a exigir que todos os novos alunos, da quinta à décima-segunda séries, trouxessem seus próprios laptops;
- Nos EUA, o estado do Maine passou a distribuir laptops permanentes a todos os alunos do segundo grau.
- Cerca de mil distritos escolares nos EUA seguiram o exemplo do estado de Maine;
- Existem dois programas similares em andamento na França, incluindo um em Marseilles, a segunda maior cidade daquele país, e outro em uma cidade pobre com grande diversidade étnica e cultural.
Relatórios completos sobre as experiências anteriores: O estudo mais amplo até o momento foi uma investigação de quatro anos em 50 escolas dos EUA, realizada por Saul Rockman, um consultor pedagógico de grande renome. Esse estudo ratifica as teorias construtivistas de Papert que baseiam a filosofia do OLPC. Entre as conclusões de Rockman, temos:
Os ambientes de aprendizagem são transformados:
- Pedagogos que participam de programas de laptops... promovem aprendizado colaborativo... oferecem instrução individualizada;
- ...os estudantes e professores se movimentam mais. Invés de esperarem sentados para realizar suas tarefas, os estudantes se reúnem para trabalhar em projetos;
- ...(isto) libera os professores para percorrer a sala de aula, ajudando aqueles que enfrentam problemas ou precisam de mais ajuda;
- ...o aprendido em salas de aula com laptops muitas vezes é auto-direcionado.
As técnicas de avaliação mudam:
- Professores em salas de aula com laptops têm mais disposição de pedir apresentações e projetos multimídia a alunos, dando notas através de parâmetros voltados ao projeto e até auto-avaliações.
Os estudantes ficam muito envolvidos:
- Assim como os professores, os estudantes melhoram e sofisticam suas habilidades tecnológicas.
Aumento de produtividade:
- Os estudantes desenvolvem melhores habilidades organizacionais porque precisam saber o que está no seu computador e realizar projetos complexos dentro dos prazos previstos.
Melhora também a atitude perante a redação:
- 76% dos estudantes afirmam que gostam mais de escrever nos laptops que em papel;
- 80% indicaram que os laptops facilitam o trabalho de revisão e alteração das redações;
- 73% disseram que obtiveram notas melhores para trabalhos com o uso de laptops.
- Os dados demonstram mudanças não apenas nas atitudes de escrita dos alunos, mas também em suas práticas. Essas mudanças também foram observadas nas estratégias dos professores de redação e nas atitudes e práticas de professores de outras áreas.
Como podem ser preparados os professores para tirar o máximo proveito desta iniciativa?
Laptops conectados permitem novas abordagens para o treinamento de professores, além dos métodos padronizados, centralizados e hierárquicos. Podemos criar bolsões de excelência, comunidades conectadas de prática, sólidos exemplos de excelentes atividades de aprendizagem, novos conteúdos e mecanismos para a divulgação de idéias.
Um dos mais significativos impactos do OLPC será o suporte trazido pela conectividade aos professores. Esforços tradicionais de “treinamento” têm sido limitados pelo tempo e acesso dos professores ao seu desenvolvimento permanente. O fato de a OLPC assegurar que os professores tenham seus próprios laptops e conectividade em banda larga assegura que tenhamos condições de dar apoio que anteriormente esses profissionais não tinham. Professores, pais e especialistas podem reunir-se em novas redes de aprendizado, para melhorar as práticas e o pensamento educacional.
Certamente não precisamos treinar as crianças no uso do laptop. Da mesma forma, abordagens que infantilizam os professores, não os respeitam ou não acreditam em suas capacidades, ou apenas são voltadas a habilidades de informática ou ferramentas de escritório tem tido pouco impacto na educação, apesar de serem alvo de vultosos investimentos. A questão não é fazer com que os professores reproduzam as mesmas lições em PowerPoint. A questão é ajudá-los a aprender utilizando a tecnologia e refletir sobre esse aprendizado. Precisamos envolvê-los nas metodologias de aprendizado que são aprimoradas com o uso de laptops conectados: a criação e elaboração de objetos com significado pessoal, utilizando uma variedade de materiais tradicionais e computacionais – uma abordagem mais diversificada, humanística e holística que aquelas logisticamente possíveis. Em última análise, é um processo de liberação.
Quais serão as medidas que devem ser utilizadas para avaliar o impacto do OLPC?
Qualquer parâmetro de avaliação deve considerar a importância do “capital de conhecimento” e que as habilidades cognitivas “são previsores mais confiáveis do desenvolvimento econômico que a escolaridade média”. Se mudarmos o nosso foco primário para o desenvolvimento do capital de conhecimento e para a criação de mecanismos de desenvolvimento e crescimento orgânico, deixando em segundo plano os parâmetros existentes, como o número de anos em escolas e as notas em exames de avaliação, teremos diferentes idéias de como proceder com relação à avaliação.
Há uma abundância de exemplos de aumento no capital do conhecimento trazido por programas de laptops: Quando crianças trazem seus laptops para casa, muitos pais passam a freqüentar cursos noturnos utilizando esses laptops. Muitas famílias optam por mudar-se para comunidades nas quais existem programas de laptops. As crianças desenvolvem habilidades que permitem que façam a própria manutenção em seus laptops. O mais importante, contudo, é que as crianças estão envolvidas com mais profundidade no aprendizado e no trabalho escolar ao longo do ano; o computador ajuda a aprofundar essa interação.
As medidas típicas de testes de avaliação e anos na escola são importantes, mas deixam de lado aspectos importantes que tornam uma educação de qualidade essencial para o desenvolvimento humano e social. Uma criança que aprende a ler mas detesta essa atividade ao ponto de se recusar a ler, pode até ter boas notas, mas representa um exemplo do fracasso do sistema educacional. Uma criança que não aprende a pensar, imaginar ou criar com ou sem uma nova tecnologia enfrentará dificuldades na sua plena inclusão social e econômica no mundo moderno.
O capital de conhecimento é o melhor indicador de sucesso que os anos passados na escola. Crianças que desenvolvem uma paixão pelo conhecimento; que mantêm a curiosidade que tinham quando entraram na escola; que mantêm o desejo de continuar a aprender e conhecimento do aprendizado são crianças que têm a capacidade desenvolver seu pleno potencial e formarão as bases de um país com capacidade de desenvolver seu pleno potencial. Uma avaliação válida do desenvolvimento da criança deve levar em consideração a criança como um todo.
Precisamos avaliar:
- O potencial de melhorar o aprendizado pelas crianças através da presença imersiva, da nova tecnologia, do novo conteúdo e da colaboração;
- O potencial de dar suporte aos professores de forma mais próxima, mais contextual, mais pessoal, e mais contínua;
- A diferença em atitude entre participar de uma aula periódica em um laboratório de informática e de ter seu próprio laptop pessoal;
- O impacto potencial na família e na comunidade, e o desenvolvimento de um capital de conhecimento em toda a comunidade e além da escola; e
- O potencial de criar plena inclusão em larga escala, não apenas através da conectividade à internet, mas como participantes primários rumo à participação e fluência plenas no mundo digital.
As questões relacionadas ao projeto e à implementação do programa do laptop são inúmeras; alguns exemplos seguem:
- Os laptops foram distribuídos às crianças da forma esperada?
- A infra-estrutura de comunicação funcionou adequadamente, tanto em nível mesh como em internet?
- O servidor da escola funcionou como esperado?
- Aconteceram quaisquer falhas sistêmicas de hardware?
- Houve problemas com segurança? Houve problemas com atualizações de software?
- As crianças aprenderam a realizar elas mesmas a realizar a manutenção normal de seus laptops?
- Os laptops foram utilizados na escola? Os laptops foram utilizados em casa?
- Os laptops foram utilizados pelos professores? Por pais? Por irmãos?
A avaliação deve, ainda, considerar a criança como um todo:
- Qual foi o impacto na personalidade, na psique, na auto-estima e nas relações da criança com sua família, comunidade e colegas na escola?
- Qual foi o efeito sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças?
- Fora da escola, as crianças com laptops realizam atividades diferentes daquelas realizadas por seus colegas que não possuem laptops?
- As crianças adquirem um amor pelo aprendizado?
O impacto sobre a comunidade também deve ser avaliado:
- A educação está sendo mais inclusiva? Está ocorrendo um impacto positivo no acesso? Nas matrículas? Nas faltas escolares? Em repetência ou abandono?
- Quais são as percepções de pais, professores e líderes comunitários? O aprendizado vai além da criança, até a comunidade?
- O relacionamento entre as crianças, seus pais e seus professores mudou?
- Quais são as implicações acadêmicas em termos de processos de ensino de aprendizagem?
- Qual é o impacto trazido pelos laptops conectados ao suporte do professor?
Finalmente, também devem ser analisados parâmetros mais tradicionais:
- Como a filosofia de um laptop por criança melhora o aprendizado? Surgiram novas metodologias, novo conteúdo e novas formas de colaboração?
- Quem tem melhor desempenho escolar – crianças com ou sem laptops?
- Diferentes comunidades ou regiões tiveram melhor desempenho que outras? (por exemplo áreas urbanas contra áreas rurais, sul contra norte, etc.) Quais são os fatores responsáveis por isto?
- Meninas têm desempenho melhor que meninos? De forma coletiva, precisamos fazer a pergunta: Existem quaisquer lições que podem ser transmitidas a outros que querem realizar projetos similares?
Tecnologia
Por que recentemente foram mudadas a CPU, a DRAM e a flash?
No início de março, em conjunto com representantes dos países de lançamento, foram explorados dois cenários: (1) o plano já divulgado anteriormente, do Geode GX, com renovação em 2008 utilizando o Geode LX; e (2) um sistema Geode LX, com ligeiro aumento no custo mas uma vida útil maior, mais memória e armazenamento flash, com praticamente o mesmo cronograma de produção.
De forma unânime, os países preferiram um único produto que tivesse uma vida útil maior. Os sistemas de primeira geração também terão uma capacidade maior: vários programas rodam no processador LX duas vezes mais rápido que no processador GX, graças a mudanças na arquitetura não relacionadas à velocidade do clock (a qual também foi aumentada); além disso, os programas rodam com menor consumo de energia.
Do ponto de vista da OLPC, também é preferível a segunda opção, já que agora as atenções podem ser voltadas a um sistema de segunda geração muito mais barato, invés de uma renovação imediata.
Por que as baterias não funcionam?
Neste caso, um software de baixo nível que rodava na máquina continha várias falhas. Essas falhas foram eliminadas a partir do firmware Q2B81, lançado em 18 de março de 2007. As baterias agora funcionam perfeitamente.
Por que os aplicativos não estão funcionando?
Embora os componentes básicos utilizados no laptop sejam parte do conjunto padrão de utilitários distribuídos com o Linux, existe um processo de desenvolvimento e eliminação de falhas inerente a qualquer nova plataforma. Foram feitas vastas melhorias nas atividades básicas entre o lançamento das máquinas B1 e B2.
O desafio apresentado pela tela de alta definição é mais óbvio com o navegador de internet: a maior parte dos aplicativos presume uma tela de 96 DPI; nosso presume 200 DPI. Isto traz algumas incompatibilidades de escala. A partir do Build 330, o navegador de internet passou a ser baseado em uma versão de xulrunner (que é parte do navegador Firefox), que possui possibilidade de escalação; o layout de página melhorou muito. Continuaremos a melhorar o navegador de internet (o navegador de Opera, que foi incorporado ao laptop, também pode rodar a 200 DPI).
Os plugins Flash 9, da Adobe, e Java, da Sun, também já foram testados e rodam no laptop (não os distribuímos como parte de nosso pacote padrão por motivos de licenciamento, mas estão disponíveis para download). O HelixPlayer (também conhecido como Real Player) foi incorporado ao laptop, juntamente com um plugin para navegadores. Visualização de documentos (por exemplo, PDF) também está disponível através de um navegador.
O que é a Sugar?
A interface Sugar foi criada para atrair crianças menores, não atendidas pelo conceito convencional de desktop, que pode ser bastante confuso. Para crianças que ainda não aprenderam a ler, desktops podem revelar-se muito frustrantes; temos a tendência de ignorar caixas de diálogo repletas de avisos em texto indecifráveis, muitas vezes ocultas por outras janelas. A intenção da Sugar é ser mais do que um porta de entrada para o ambiente convencional de desktop; é um dos primeiros novos desenhos de interface de usuário desde o advento da internet; foi inspirada pela natureza colaborativa da internet: optamos por colocar a colaboração no centro da experiência do usuário. A presença de outros membros da comunidade de aprendizagem estimulará as crianças a assumir responsabilidade pelo aprendizado dos colegas, assim como pelo seu próprio. A troca de idéias entre colegas pode tornar o processo de aprendizagem mais motivador e estimulará habilidades de pensamento crítico.
Um ambiente padrão do tipo desktop rodará nessa máquina (e tornaremos possível que também rode um aplicativo padrão na Sugar), mas não poderia tirar proveito das características especiais do laptop, nem seria uma experiência inerentemente colaborativa, como a Sugar foi criada para ser.
Por que as coisas não estão funcionando na rede mesh?
A rede mesh, na realidade, consiste de duas coisas: uma rede ad hoc que amplia a cobertura das presentes redes sem fio, e a interface de usuário que as crianças e os professores usam para verem uns aos outros e colaborarem mutuamente.
A rede mesh engloba todo o âmbito de rede, de firmware sem fio de baixo nível até aplicativos para usuários finais. A OLPC está desenvolvendo um novo código para todos esses níveis. O mês de março foi voltado a criar o que é chamado de bit piping, de baixo nível; este nível de rede mesh é formado automaticamente de maneira ad hoc, assim que os laptops são ligados na presença de outros laptops. Isto permite funcionalidades como navegação através da rede mesh, invés de uma conexão direta com um ponto de acesso. Começamos a construir uma interface de usuário que permite que os usuários selecionem entre opções disponíveis de conectividade. Em abril voltaremos nossas atenções no trabalho de descoberta de serviço, isto é, saber quem está na rede mesh, o que estão fazendo ou dispostos a fazer. Isto formará a base das atividades mesh.
Agora que existe certa estabilidade em partes da rede mesh, passará a ser incorporada ao sistema a interface do usuário da rede mesh, que vai além do acesso básico à internet, que inclui a possibilidade de crianças se comunicarem e colaborarem em atividades, mesmo quando não existem pontos de acesso próximos.
Quando poderá ser vista uma máquina totalmente pronta para uso?
A máquina do laptop está em um estágio de rápida evolução. Cada nova versão traz mais estabilidade e mais funcionalidades. A versão concluída no final de março inclui uma rede mesh totalmente operacional, um navegador de internet devidamente escalado, visualização de PDF, um indicador preciso do estado da bateria, streaming de vídeo, e várias melhorias nas atividades básicas. A versão de abril terá um diário básico de interações, e melhores interações via mesh, incluindo chat. Passaremos a ter atividades baseadas em rede mesh, e possivelmente até vídeo conferência. Quando os laptops B3 estiverem prontos em meados de maio, o desempenho geral do sistema terá melhorado, devido a alterações no hardware descritas em outras partes deste documento. Além disso, a experiência básica será muito melhor em resultado dessas alterações, embora preservando os mesmos princípios.
O que acontecerá com as patentes OLPC?
Estamos patenteando os desenvolvimentos para assegurar que as crianças do mundo tenham acesso ao nosso trabalho e projetos. Estamos estudando a melhor forma de fazer isto.
É possível rodar Windows nessa máquina?
Sim, e a Microsoft está trabalhando nisto neste momento.
Por que a OLPC não está usando Windows?
Além do aspecto do custo, o Windows não é um software de código aberto; a OLPC acredita que isto limitará a possibilidade de as crianças aprenderem. Acreditamos que cada criança que tenha em mãos um XO não será apenas um consumidor passivo de conhecimento, mas um participante ativo da comunidade de aprendizagem. À medida que crianças cresçam e busquem novas idéias, o software, o conteúdo, os recursos e as ferramentas devem crescer com elas. A natureza global da OLPC exige que o crescimento aconteça localmente, em grande parte realizado pelas próprias crianças. Cada criança com um XO poderá alavancar o aprendizado de outras crianças. Podem ensinar coisas umas às outras, compartilhar idéias e, através da natureza social da interface, dar suporte ao crescimento intelectual das outras crianças. Crianças são aprendizes e professores.
A OLPC também quer assegurar que não exista uma dependência inerente de fontes externas para compra de software, reparos de falhas no software, e customização de software para atender necessidades locais. Da mesma forma, não deve haver restrições com relação à distribuição; a OLPC não tem como saber, e não deve controlar, como as ferramentas que criamos serão reconfiguradas no futuro.
Em nosso contexto – aprendizagem – conhecimento deve ser apropriável, de forma a ser utilizado; é melhor que conhecimento seja gratuito. Além disso, cada criança tem algo para contribuir; precisamos de um sistema de código aberto e livre para receber essas contribuições.
O que outros laptops podem fazer que o XO não poderá?
Pouca coisa. O XO poderá fazer praticamente qualquer coisa. É um laptop multimídia para finalidades gerais, não uma máquina limitada, para finalidades específicas. O que não poderá fazer é armazenar vastas quantidades de dados a bordo.
É possível comparar o XO ao Classmate e outros projetos de laptops de baixo custo?
Aplaudimos os esforços de outras empresas e damos nossas boas-vindas. De forma objetiva, nossa tecnologia está melhor adaptada às limitações do aprendizado de crianças, e nosso preço é muito menor. O XO possui três características que nenhum outro laptop atualmente possui.
- Extremamente baixa necessidade de energia, o que possibilita a máquina ser carregada por manivela ou outros meios;
- Uma tela de modo duplo, que pode ser lida à luz do dia; e
- Uma rede mesh.
Em suma, o XO foi projetado para crianças e para o ambiente no qual a maioria das crianças vive: Tem uma tela grande e bonita, de alta resolução, que pode, inclusive, ser utilizada à luz do dia; sua bateria tem duração de 15 horas em modalidade eBook; possui uma rede mesh que estende amplamente o acesso à internet, mesmo quando o laptop está desligado; e não possui quaisquer partes móveis internas que podem quebrar em campo e necessitar caras peças de reposição. E tudo isto a um custo muito inferior a qualquer coisa disponível no mercado atualmente. O Classmate PC e outras iniciativas de “baixo custo” são apenas laptops baratos.
O XO possui uma inovadora tela dupla; em modalidade reflexiva pode ser utilizada diretamente à luz do dia, em pleno sol; muitas vezes, as crianças precisam estudar ou serem ensinadas fora de ambientes. Outros computadores não são utilizáveis à luz do dia. A tela tem grande resolução, 200 DPI (pontos por polegada). A principal razão de as pessoas preferirem papel a telas de computadores tem a ver com a resolução. O laptop XO tem resolução equivalente ao papel impresso. Essa tela usa pouca energia, cerca de 100 mW à luz do dia, e aproximadamente um watt em ambientes com menos luminosidade.
O Classmate consume a mesma energia consumida por laptops de adultos, e muitas vezes mais que o XO; o Classmate não pode suspender a operação enquanto mostra a tela, o que limita a vida útil da bateria na maioria dos usos.
O XO foi projetado para ser operado ou carregado usando a energia disponível (por exemplo, baterias automotivas, painéis solares e/ou geradores), sem precisar de conversores opcionais e caros. O XO usa tão pouca energia que pode utilizar painéis solares, individualmente ou em conjunto com outros laptops. O Classmate exige a bateria padrão de laptops, além de conversores adicionais, o que aumenta os custos e cria problemas logísticos, implicando ainda em maior uso de energia e gastos com geradores e combustível.
Recentemente, o consumo do XO foi medido na modalidade eBook (com o processador parado, rede sem fio em operação e tela no modo reflexivo). O consumo medido foi um pouco acima de um watt; isto representa 15 horas ou mais em modalidade eBook e até 20 horas com baterias de 20 watts. O consumo de energia das unidades de produção será até um pouco menor.
O XO pode encaminhar pacotes usando menos de meio watt de energia. Isto amplia a extensão da rede, não exige eletricidade adicional nem a instalação de infra-estrutura de rede, e, graças, ao baixo uso de energia, as crianças poderão deixar a rede mesh aberta por horas ou até dias seguidos. Atualmente o Classmate não dá suporte a redes mesh; mesmo se o fizesse, a bateria duraria apenas algumas horas, já que exigiria a atuação do processador.
O XO é robusto. Por exemplo, o laptop pode cair até uma altura de 1,5 metro, sobre sua antena, sem danificar o equipamento. O laptop também é à prova de água e pó, especialmente na área do teclado. Suas baterias são seguras. É ambientalmente correto graças ao baixo consumo de energia e a maior parte de suas peças é reciclável.
Uma comparação entre o OLPC XO e o Intel Classmate PC
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Infra-estrutura
Rede
Quantos servidores serão necessários por escola?
Temos duas configurações básicas: uma para ambientes rurais e outra para áreas urbanas. Cada servidor urbano custará cerca de US$ 200 e atenderá 150 crianças. Para ambientes rurais, o custo será menor: Cerca de US$ 100 e atenderá mais de 20 crianças.
Quantos pontos de acesso serão necessários por escola?
Depende do número de laptops e do tamanho da escola. O ponto de acesso é o servidor da escola. Cada servidor dá suporte a três rádios WiFi e cada rádio, por sua vez, dá suporte a ~35 laptops. Esperamos que o número cresça à medida que melhore a rede de baixo nível dos laptops.
Também estamos desenvolvendo repetidores mesh individuais de baixo custo, que estenderão a rede da escola para o entorno da escola.
Que tipo de infra-estrutura de rede será necessária no país?
A OLPC e seus parceiros estão trabalhando conjuntamente com os países de lançamento para determinar a melhor forma de implementação do programa com a infra-estrutura existente no país.
Gostaríamos que todas as escolas tivessem uma conexão sempre ligada à internet. Não damos preferência para um tipo de tecnologia de acesso em detrimento de outra; contudo, preferimos não usar opções de conectividade extremamente assimétricas, já que queremos estimular as crianças a serem igualmente consumidoras e produtoras de informações.
Acreditamos que com a ajuda dos devidos componentes de tecnologia, as redes de acesso local podem crescer organicamente através de seus usuários, e as opções de conectividade devem estimular um crescimento de baixo para cima.
As crianças poderão conectar seus laptops em suas casas?
Sim, se a criança tiver uma cadeia ininterrupta de conexões até o ponto de acesso. A distância exata em que a rede mesh se espalha na comunidade depende do local onde moram as crianças e do meio ambiente. Repetidores mesh à energia solar podem ampliar a extensão da rede mesh, para assegurar que todas as crianças tenham conexões em suas casas.
Electricidade
Quais são as exigências de energia elétrica para a escola?
O laptop consome cerca de dois watts em operação normal. O consumo máximo é de cerca de oito watts. O servidor da escola exige ~10 watts. A exigência mínima de energia para uma escola deve prever os carregadores em grupo, os servidores da escola e hardware de conectividade. Isto pode chegar a ser 200 watts para uma escola com 50 laptops (24 horas por dia).
Quais são as soluções disponíveis para carregamento conjunto (gang-charging), via energia solar ou através de esforço humano? Quais são os seus custos?
Carregamento conjunto: para evitar que todas as carteiras escolares tenham que ter fiação para carregamento de baterias, foram criados alguns sistemas de carregamento em grupo, que permitirão que as crianças utilizem as baterias em tempo integral. A idéia a oferecer duas baterias por laptop; enquanto uma é carregada, a outra é utilizada. A criança deixa a escola com a bateria carregada. O carregador em grupo pode utilizar a eletricidade da escola, baterias automotivas, energia solar, ou fontes alternativas de energia. Já foram construídos vários protótipos para os possíveis países de lançamento.
Solar: Podemos fornecer painéis solares flexíveis e inquebráveis de 50 watts por cerca de US$ 100-150. Painéis solares inquebráveis de cinco watts custam cerca de US$ 12 cada, enquanto que painéis solares de dois watts custam cerca de US$ 4-5.
Carregamento por esforço humano: Temos opções para carregamento com cordão de puxar (chamado “ioiô”) e com manivela, acionados pela criança para carregar o laptop quando a energia solar não for uma alternativa viável. Já chegou-se a uma eficiência de carregamento de seis minutos de esforço para uma hora de operação, usando a modalidade eBook fo XO.
Quais equipamentos são necessários quando a escola está conectada à rede, e quais quando não está?
Quando a escola está conectada à rede elétrica, recomendamos no-breaks baratos para os servidores das escolas e hardware de conectividade. Em caso de escolas não conectadas à rede elétrica, recomendamos um gerador (diesel ou gasolina, dependendo da disponibilidade e custo) que carregue um banco de baterias automotivas, que por sua vez operam os equipamentos. Se as placas solares forem práticas, do ponto de vista ambiental e de custo, devem ser acrescentadas ao sistema. Qualquer forma de energia consumida no local pode ser alavancada para uso. O grupo de implementação apresentará configurações recomendas e os planos para lançamento em todas as áreas.
Outros
Qual infra-estrutura adicional é necessária no país, como por exemplo, conteúdo, backups e servidores de atualização?
Para países com pouca conectividade externa, conteúdo local e atualizações de sofware ajudarão a melhorar muito a experiência das crianças. Os backups serão feitos pelos servidores das escolas com segundo backup (opcional) para servidores de segundo nível no próprio país (através de cachê da dados local), ou externamente (através de Gmail), ou ambos, dependendo da conectividade.
Por que Sugar é tão importante para reduzir o custo da infra-estrutura?
Uma grande parte do custo de infra-estrutura de computadores e laptops está associado ao conserto de laptops quando esses quebram e técnicos precisam ser levados até o local. Parte da interface Sugar está relacionada à forma como as máquinas são administradas e mantidas. Sua ênfase em simplicidade significa que é muito fácil reinstalar a máquina, caso venha a ter problemas; a tarefa de acrescentar ou remover aplicativos ou atividades também é muito fácil. Tanto o backup como a recuperação de dados das crianças é simples com a Sugar. Portanto, o software pode ser administrado e consertado no próprio local. Sem a Sugar, os custos de infra-estrutura seriam muito mais elevados.
É necessário descartar toda infra-estrutura existente?
De forma alguma. O XO foi projetado para tirar proveito de qualquer infra-estrutura existente. Pode conectar-se a um ponto de acesso de WiFi normal, independentemente se for uma rede mesh, e pode comunicar-se com os servidores existentes.
Isto funcionará em meu país, com seu ambiente pouco comum?
Este laptop foi projetado para funcionar em países quentes e frios, em altas e baixas altitudes, em ambientes áridos e úmidos. É resistente ao pó. É à prova de quedas. Pode ser usado externamente, já que sua tela é legível sob a luz solar.
Implementação
É possível recomendar uma estratégia de implementação no país?
Sim, mas é necessário trabalhar em conjunto para determinar o que é melhor para o país. De qualquer forma, é importante reunir um grupo tarefa (para supervisionar todos os aspectos da implementação), montar um grupo central de implementação (para cuidar de toda a fase de planejamento), e grupos de implementação (para administrar três processos de implementação).
O grupo tarefa deve incluir os principais ministérios envolvidos: Educação e Tecnologia. O programa deve, também, incluir filantropos, intelectuais e o setor privado. O âmbito do grupo tarefa inclui atividades de supervisão e criação, em áreas como hardware, software, usabilidade, conteúdo, conectividade, comunicações e colaboração internacional (com outros países de lançamento).
A composição do grupo central de implementação é crítica. Deve ser um grupo de quatro a seis pessoas, de diferentes áreas, incluindo educação, Linux, telecomunicações, desenvolvimento de software, coordenação humana e burocracia governamental. Alguns integrantes desse grupo devem realizar algum tipo de estágio na OLPC e certamente devem participar da reunião inter-países de abril de 2007. A responsabilidade inicial desse grupo é desenvolver um plano completo de lançamento, escolhendo e preparando os locais.
A localização das primeiras máquinas é um ponto chave, e deve atender algumas regras básicas: os laptops devem ser distribuídos em grandes grupos, não pequenos, para que as redes mesh funcionem extensivamente e as máquinas iniciais sirvam como ferramenta de aprendizagem. Isto, por sua vez, sugere a escolha de locais com uma ampla gama de características sociais e geopolíticas: rural/urbano, etc. Assim, programar 200 locais não é uma boa idéia. O lançamento inicial deve incluir 30 locais no máximo, com cerca de 30 a 50 mil laptops. É importante que a densidade da implementação aconteça de tal forma que todos na comunidade sinta-se “donos” do programa.
Existem também três fases logísticas em cada processo de implementação: preparação do local, distribuição de laptops e suporte ao programa.
A preparação do local inclui assegurar que existe disponibilidade de rede elétrica, conectividade de internet e a instalação do servidor da escola em cada local. Essa preparação deve anteceder a distribuição de laptops. Estimamos que são necessários cerca de dois dias por local para realizar esses preparativos.
Os laptops serão entregues em contêineres de transporte diretamente da fábrica. Cada contêiner conterá cerca de 5,000 laptops. Cada contêiner atenderá, também, uma média de 20 escolas. Presumindo uma escola por dia, um caminhão entregará um contêiner completo a cada três ou quatro semanas. Portanto, cada caminhão poderá descarregar entre 12 e 18 contêineres por ano.
Existem três fases de implementação: (1) coleta de informações; (2) implementação da infra-estrutura; e (3) implementação dos laptops. A coleta de informações inclui a visita a cada escola, para:
- Reunir dados sobre o número de alunos, professores, localização geográfica, etc.;
- Avaliar as necessidades de eletricidade e conectividade (incluindo qualquer proteção ambiental e anti-furto necessária);
- Identificar pontos de contato dentro da comunidade;
- Explicar a iniciativa à comunidade local e estabelecer as expectativas; e
- Encontrar acomodação, alimentação, transporte e comunicação para as futuras equipes.
A implementação de infra-estrutura inclui:
- Construção e/ou conexão da infra-estrutura elétrica necessária (geradores, painéis solares, carregadores em grupo, etc.);
- Implementação da conectividade; e
- Instalação dos servidores.
A equipe de implementação de laptops designará uma pessoa que ficará na escola (ou várias escolas, no caso de comunidades rurais) para os primeiros dois meses de implementação:
- Cada pessoa dessa equipe é um engenheiro de conhecimento;
- Trabalhará com professores e crianças;
- Distribuirá os laptops e será responsável pelos mesmos;
- Envolverá a comunidade no processo; e
- Assegurará sustentabilidade (manutenção, geradores, pontos de contato, etc.).
Quando suporte será fornecido para a preparação da equipe de implementação?
Assim que as equipes tiverem sido selecionadas, poderão:
- Indicar aos integrantes do grupo a documentação e as informações na internet que poderão ajudá-los a começar seu trabalho e iniciar seu planejamento;
- Responder quaisquer dúvidas que possam ter e discutir os vários aspectos do lançamento, conforme necessário);
- Fornecer as ferramentas (listas de endereços, wikis, etc.) e locais (reuniões em Cambridge ou outros locais) que permitirão às equipes comunicar-se e trocar conhecimento; e
- Receber quaisquer integrantes do grupo nos nossos escritórios em Cambridge.
Teremos muita satisfação em discutir, adaptar e utilizar quaisquer idéias nesse aspecto.
Manutenção
Qual estoque de peças de reposição necessário?
O laptop foi projetado para ser robusto nas condições que será usado. Foram eliminados duas das maiores causas de falhas em laptops: não existe disco rígido e a iluminação da tela é facilmente substituída a baixo custo. Não obstante, algumas peças podem quebrar. No entanto, os fabricantes estão empenhados para determinar quais peças podem quebrar, e com qual freqüência.
Quem cuidará da manutenção e assistência técnica? Quem treinará as equipes de assistência técnica local?
A experiência de mais de trinta anos de trabalho com crianças e computação demonstrou que as próprias crianças farão grande parte da manutenção. Isto representa outra oportunidade de aprendizagem dentro da comunidade escolar. Em cada área de implementação, serão identificados adolescentes mais talentosos para realizar tarefas simples de identificação de problemas, consertos e trocas de peças (esses serão treinados pela equipe de implementação).
Manutenção adicional será dada pelos mesmos comerciantes locais que trabalham com eletrônicos e consertos de TVs ou computadores. Placas mãe e telas terão de ser levadas até um local central para consertos, mas de forma geral a manutenção central deverá ser mínima. Não existe uma dependência inerente em corporações multinacionais para trabalhos de manutenção. O objetivo é alcançar a auto-suficiência.
É possível pagar a Quanta ou a um terceiro para serviços de manutenção ou garantias estendidas? Qual será o seu custo?
Sim, estamos determinando o custo total desse serviço, incluindo custo de frete de cada país. Esta será uma alternativa mais cara que o conserto no próprio país, mas também será disponibilizada.
Quais são os planos para suporte e atualização de software? Podemos oferecer nosso próprio suporte de software?
Claro que sim. Software livre representa a melhor oportunidade para suporte local a software e desenvolvimento e expansão do setor, porque qualquer pessoa pode tornar-se um especialista no sistema, sem ter de pedir permissão a qualquer empresa ou pessoa em especial. O suporte pode ser oferecido por especialistas locais, organizações de suporte no próprio país, ministérios da educação, empresas comerciais no próprio país, e até serviços prestados por empresas multinacionais, como a Red Hat. Inicialmente, a Red Hat oferecerá suporte, mas isto é uma opção que pode ser exercida em conjunto com especialistas locais, podendo até mudar à medida em que esses últimos se firmem.
Qual será o papel desempenhado pela Red Hat no suporte ao software?
Dependendo do interesse do país, a Red Hat pode manter o software do sistema básico e oferecer um pacote de suporte anual através de atualizações do software da OLPC. Recomendamos que, pelo menos nas primeiras fases de implementação, cada país mantenha o mesmo sistema operacional central, para alavancar o trabalho e o esforço empenhados por todos os outros países.
Transporte e distribuição
Por quais aspectos logísticos seremos responsáveis até a chegada dos laptops no porto de destino (por exemplo, seguro, frete, armazenamento, etc.)?
Os laptops passarão a ser propriedade dos países no local de fabricação (ExWorks), na China (possivelmente Xangai). O transporte até o porto de destino correrá por conta do país comprador. A OLPC trabalhará em conjunto com os países e seus parceiros logísticos para tomar as providencias necessárias para que os laptops sejam entregues no porto de destino escolhido. Frete, seguro e custos de armazenamento não estão incluídos no preço do laptop.
Com qual freqüência serão os laptops enviados?
Normalmente, os laptops serão entregues mensalmente, conforme o cronograma de entrega previsto no contrato de venda.
Qual será o suporte oferecido para distribuição dentro do país?
Isto ficará a cargo da equipe de implementação e seus veículos.
Visão
Qual é a visão do OLPC?
A tecnologia e o preço alcançados pela OLPC são extraordinários; contudo, existe uma razão maior para ser um laptop por criança. O XO incorpora uma transformação na educação. As oportunidades, o acesso, e as possibilidades empreendedoras que cria são admiráveis. O XO abre um novo e brilhante futuro para uma nova geração de crianças.
Uma coisa é certa: computadores e conectividade se tornarão cada vez mais presentes, agora ou no futuro. Se acreditarmos que a tecnologia oferece um caminho potencial para aprendizagem e desenvolvimento, nas esferas individual e sistêmica, para atingir níveis jamais alcançados anteriormente, é extremamente importante criarmos, o mais breve possível, acesso igualitário à melhor qualidade de ensino nas escolas, na comunidade e no lar, assim como on-line. Não podemos nos dar ao luxo de perdermos uma outra geração, o que certamente acontecerá se não houver uma ampla e profunda reforma na educação.
A intransigência dos problemas da educação, face às soluções convencionais – combinada com a grande pobreza e crescente necessidade de aprendizado de alta qualidade por toda a vida para inclusão na economia de conhecimento global – demandam um novo pensar. Laptops podem ter custo acessível e as crianças são mais capazes do que acreditamos.
Qual a importância da igualdade?
Às crianças pobres falta oportunidade, não capacidade de aprendizagem. Ao oferecermos laptops para cada criança, sem custo a esta criança, levaremos às crianças pobres as mesmas oportunidades de aprendizagem que as famílias ricas levam aos seus filhos. As famílias cujos filhos têm computadores já conhecem o impacto de transformação que representa um computador em rede. Temos o poder de dar a todas as crianças esta ferramenta de acesso e criação.
Outros
Quais são os outros usos do laptop, como em postos de atendimento de saúde, microfinanciamento, etc.?
Em princípio, nosso foco principal é a educação primária. Estimularemos e apoiaremos sua expansão a uma série de outros programas sociais no futuro.
Quais serão as melhores oportunidades comerciais locais relacionadas ao laptop?
O atendimento à “ecologia” OLPC criará inúmeras oportunidades de negócios. Existem vários dispositivos que podem ser inventados e desenvolvidos a partir das bases, incluindo painéis solares, geradores, hardware sem fio ponto-a-ponto para ampliar a rede, acessórios baratos e diferenciados para serem utilizados no laptop, e assim por diante.
Software também representa uma oportunidade. Sistemas como o XO permitirão que softwares comerciais e não comerciais sejam desenvolvidos para atender diferentes necessidades na maior parte do mundo onde a computação ainda não foi disponibilizada devido à falta de computadores e redes adequados.
Países de lançamento, em especial, têm a oportunidade de aprender quais são essas oportunidades e tirar proveito dessa experiência.
Quais são as páginas mais úteis no wiki?
Para interesse geral:
Para desenvolvedores:
- irc.freenode.net (#OLPC and #sugar): canais IRC para OLPC